A chuva na Região Serrana do RJ, que provocou mais de 500 mortes, climática já é considerada a maior tragédia a da história do país. Até então, a pior catástrofe brasileira havia sido a chuva de 1967 em Caraguatatuba, litoral de SP, que deixou 436 mortos. No ano passado, de janeiro a abril, o RJ teve 283 mortes relacionadas a temporais. Em SP, durante o 1º trimestre de 2010, quando a chuva destruiu São Luiz do Paraitinga e afetou outras 107 cidades, houve 78 mortes. Em 2008, na enchente que atingiu Santa Catarina, 135 morreram.
Relembre os casos abaixo:
RIO DE JANEIRO, 2010 - 283 MORTOS
Desde dezembro de 2009, o estado do RJ registrou prejuízos com as chuvas de verão. Primeiro, na Baixada Fluminense. Na virada do ano, deslizamentos deixaram 53 mortos em Angra dos Reis e na Ilha do Bananal, em Ilha Grande. Em abril, o Rio sofreu com os reflexos de um temporal que alagou a capital e provocou mortes também em outras cidades: 64 no total. Uma semana depois, em Niterói, que já registrava destruição e vítimas da chuva, o deslizamento no Morro do Bumba tornou a tragédia ainda maior: 166 morreram na cidade.
SÃO PAULO, 2010 - 78 MORTOS
O começo do ano no interior de São Paulo também foi marcado pela destruição provocada por enchentes e deslizamentos. A cidade de São Luiz do Paraitinga foi devastada pela cheia do Rio Paraitinga, que destruiu boa parte do patrimônio histórico local. Não houve mortos. A cidade decretou calamidade pública, a exemplo de Cunha, onde seis pessoas morreram. A chuva também provocou mortes na Grande SP. De 1º de dezembro de 2009 a 31 de março de 2010 foram contabilizadas 78 mortes relacionadas com os temporais, segundo a Defesa Civil do estado.
O Nordeste também sofreu com enchentes em junho de 2010. Em Pernambuco foram registradas 19 mortes e em Alagoas, 34. A cidade de Água Preta, em PE, chegou a ficar submersa. Em União dos Palmares, AL, o nível do rio Mundaú ficou 14 metros acima do normal. Os tanques vazios de uma usina de armazenamento de álcool, com 20 metros de diâmetro por 20 metros de altura, foram arrastados pela enxurrada.
NORDESTE, 2009 - 29 MORTOS
Em abril de 2009, as chuvas provocaram destruição em estados do Norte e do Nordeste. Maranhão e Piauí foram mais afetados, com centenas de milhares de desabrigados e desalojados por enchentes. A água abriu crateras em seis rodovias. São Luís teve o abril mais chuvoso dos últimos 24 anos.
SANTA CATARINA, 2008 - 135 MORTOS
Santa Catarina decretou situação de emergência no dia 22 de novembro de 2008, em razão dos estragos provocados pela chuva em boa parte do estado, especialmente no Vale do Itajaí, onde os rios Itajaí-Açu e Itajaí-Mirim transbordaram. Foram contabilizados 135 mortos. Cerca de 30 mil moradores ficaram desalojados e desabrigados. Entre as cidades mais atingidas estavam Blumenau, Gaspar e Itajaí. A tragédia em SC mobilizou doações de todo o país.
RIO DE JANEIRO, 2007 - 29 MORTOS
As chuvas causaram 29 mortes no Rio em janeiro de 2007. Novamente a cidade de Nova Friburgo foi uma das mais atingidas. Doze municípios decretaram situação de emergência, sendo sete na Região Serrana. Mais de 12 mil pessoas tiveram de deixar suas casas.
NORDESTE, 2004 - 104 MORTOS
As chuvas no Nordeste deixaram 104 mortos no primeiro semestre de 2004. O pior caso foi na Paraíba, com 33 mortes. Cinco cidades foram atingidas pelo rompimento da barragem de Camará, entre Alagoa Nova e Areia, na Serra da Borborema. A força das águas foi derrubando casas e arrastando tudo o que havia pelas ruas.
RIO DE JANEIRO, 2002 - 88 MORTOSHouve um deslizamento em Teresópolis em dezembro de 2002. Na época, o estado do RJ registrou 88 mortes relacionadas a chuvas entre janeiro e fevereiro. As cidades mais afetadas foram Angra, Teresópolis e Petrópolis, onde 52 pessoas morreram.
RIO DE JANEIRO, 2001 - 43 MORTOS
Só na cidade de Petrópolis, que decretou calamidade pública na época, chuvas entre 22 e 24 de dezembro de 2001 deixaram 28 mortos e interromperam a circulação de veículos na BR-040, estrada que liga o município ao Rio. Muitos passaram a véspera de Natal nos carros, no meio do caminho. No estado, foram 43 mortes até o dia 26 de dezembro, quando ainda havia dezenas de desaparecidos na cidade serrana.
MINAS GERAIS, 1997 - 82 MORTOSAs chuvas que atingiram Minas Gerais no início de 1997 deixaram 82 mortos em janeiro, danificaram pelo menos 11.750 casas e destruíram outras 1.857, afetando 175 municípios. As piores cheias foram as do Rio Jacutinga, perto da divisa com o RJ, e do Rio Mandu, que corta Pouso Alegre, no sul do estado. A cidade de Jequitibá, a 100 km de Belo Horizonte foi totalmente alagada pelo Rio das Velhas. Em Ouro Preto, a lama cobriu ruas de três bairros. Veja a cobertura do "Jornal Nacional" em 6 de janeiro.
RIO DE JANEIRO, 1996 - 55 MORTOS
Em 1996, as chuvas de fevereiro alagaram a cidade do Rio e provocaram uma série de desabamentos que deixaram 55 mortos na capital e quatro no interior, além de 2.500 desabrigados
RIO DE JANEIRO, 1988 - 300 MORTOS
Um temporal de meia hora em 18 de fevereiro de 1988 alagou vias importantes do Rio, como a Avenida Brasil, e provocou deslizamentos em morros. No bairro de Santa Teresa, a clínica para idosos Santa Genoveva foi parcialmente soterrada: 40 pessoas morreram. No estado, as chuvas de fevereiro mataram cerca de 300 pessoas. Somente em Petrópolis, 170 morreram em desabamentos e 600 ficaram desabrigadas.
MINAS GERAIS, 1979 - 246 MORTOS
Em 1979, Minas Gerais teve a pior enchente de sua história. Após mais de 35 dias de chuva, em janeiro e fevereiro, 246 pessoas morreram e 37 cidades ficaram ilhadas, deixando milhares de desabrigados. Veja ao lado a cobertura do "Jornal Nacional" em 30 de janeiro daquele ano.
CARAGUATATUBA, 1967 - 436 MORTOS
Antes da tragédia na Região Serrana, o maior desastre natural no Brasil havia ocorrido com a chuva em Caraguatatuba, litoral de SP, em 18 de março de 1967. O temporal arrastou terra e árvores das montanhas e a enchente destruiu casas e estradas. Isolada, a cidade só conseguiu comunicação externa no dia seguinte. Foram registradas 436 mortes.
RIO DE JANEIRO, 1966 - 250 MORTOS
O temporal de 2 de janeiro de 1966 foi histórico para o Rio de Janeiro. Enchentes e deslizamentos deixaram 250 mortos e 50 mil desabrigados. Na época, uma epidemia de leptospirose infectou mais de 70 pessoas. O volume de chuva na Região Metropolitana foi recorde, mas acabou superado em abril de 201
Fonte: Globo.com
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