segunda-feira, 22 de março de 2010
Viva a água mineral
Que beber água mineral faz bem, já sabemos há muito. Mas parece que o líquido tem sido cada vez mais valorizado pelos consumidores e pelas empresas - talvez por causa da própria polêmica em torno da possível escassez no mundo, aliada às discussões sobre aquecimento global e à atual preocupação com questões ligadas à alimentação saudável e dietas. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (Abinam) informam que os o consumo de água engarrafada no Brasil triplicou nos últimos dez anos.
São cerca de 400 marcas diferentes de água mineral entre nacionais e importadas. Ainda assim, os brasileiros ficam atrás quando comparados aos europeus: enquanto bebemos, em média, 30 litros de água envasada por ano, na Europa, o consumo chega a mais de 120 litros por pessoa.
Segundo o presidente da Abinam, Carlos Alberto Lancia, a porcentagem de consumo de água mineral no Brasil cresce dois dígitos a cada 12 meses há mais de cinco anos. "A perspectiva é de que haja ainda um aumento de 15%. Em 2007, foram 6,8 bilhões de litros comercializados aqui. Atualmente, o Brasil é o 10º país na lista de maiores consumidores da bebida", destaca Lancia. "Hoje, temos 400 fontes, e o número só tem aumentado. Cerca de 30% das reservas de águas minerais do mundo estão no território brasileiro", completa.
Quem pensa que água é simplesmente água e ponto final está redondamente enganado. Basicamente, ela pode ser a que sai das torneiras, tratada pela rede pública, a mineral natural, que é envasada direto da fonte, e a que contém adição de sais artificialmente em laboratório. Carlos Alberto Lancia ressalta que a água mineral tem propriedades medicamentosas. "É colocado na garrafa o que veio da natureza. Ela não passa por nenhum tratamento. A água da fonte entrou em contato com rochas, sedimentos, algas e outros elementos naturais que a afetam; por isso, ganham componentes como sódio, cálcio, magnésio", descreve. O tipo de ação no organismo vai depender justamente dos sais minerais e de características físico-químicas, como radioatividade.
Entre as minerais, há diversas variedades disponíveis. Geralmente, são classificadas pelo tipo de fonte de onde vieram e pela composição química: "Há as radioativas, que ajudam a eliminar cálculos renais; as magnesianas, que ajudam a regular o intestino; as alcalino-terrosas, diuréticas, digestivas e com alto poder de hidratação; as alcalino-bicarbonatadas, que têm cálcio e favorecem a digestão, funcionando até como sal de frutas; as ferruginosas, que auxiliam nos casos de anemia; as sulfurosas, boas para quem sofre de sinusite; as gasosas naturais, que são digestivas; as oligominerais, leves, com baixo teor de sais; as fluoretadas", enumera o presidente da Abinam. As variações dos componentes (informações nutricionais) podem ser verificadas no rótulo das garrafas.
Fonte: bolsademulher.com
por Mônica Vitória.
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